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A Armadilha da Comparação

  • Foto do escritor: Adriana Borowski
    Adriana Borowski
  • 1 de out. de 2024
  • 3 min de leitura


A comparação é uma armadilha psicológica que afeta profundamente a autoestima, o bem-estar e a visão de si mesmo. Embora todas as pessoas, em algum momento, se comparem com outras, essa prática é especialmente prejudicial para as mulheres, dado o contexto histórico e social que as coloca sob uma pressão imensa para atender aos padrões idealizados de beleza, sucesso e comportamento. A comparação excessiva pode roubar das mulheres o senso de valor próprio, limitando suas capacidades, seus sonhos, suas relações pessoais e causar vários tipos de transtornos.


A Pressão Social Sobre as Mulheres

 

Ao longo da história, as mulheres foram submetidas a expectativas sociais muito específicas e restritivas e desde a infância, elas são ensinadas a perseguir certos ideais de beleza e comportamento. Na sociedade moderna, essas expectativas são reforçadas por uma cultura que valoriza a aparência física acima de outros atributos, como inteligência, compaixão ou habilidades e o advento das redes sociais exacerbou esse problema, oferecendo uma vitrine interminável de vidas aparentemente perfeitas, corpos esculturais e carreiras bem-sucedidas.

Essa pressão cria uma armadilha para as mulheres. Elas são incentivadas a se comparar com os padrões inatingíveis retratados em revistas, programas de TV e, mais recentemente, nas redes sociais. A mulher idealizada, sempre magra, jovem, bonita, bem-sucedida e emocionalmente estável, é uma construção artificial que muitas não conseguem e nem deveriam tentar alcançar. No entanto, a exposição constante dessas imagens leva à comparação automática, o que pode gerar sentimentos de inadequação e frustração.


O Custo lógico da Comparação 


Quando as mulheres se comparam com outras, sejam com amigas, celebridades ou influencers digitais, elas frequentemente focam em suas "falhas" ou "deficiências" e essa comparação gera uma sensação de que o sucesso ou a beleza das outras pessoas diminui seu próprio valor. Isso pode ter sérias consequências psicológicas, como:


  •  Baixa autoestima: a comparação constante pode destruir a autoestima, pois, na maioria das vezes, as pessoas se comparam com versões irreais ou editadas da realidade e ao se comparar com imagens altamente retocadas ou recortes de momentos felizes nas redes sociais, as mulheres podem sentir que não são suficientemente boas, atraentes ou bem-sucedidas. Isso leva à desvalorização do que elas têm de único e especial.

 

  •  Ansiedade e depressão: a comparação contínua pode gerar sentimentos de inadequação e incapacidade, resultando em ansiedade e, em casos mais graves, depressão. A mulher que se compara de forma negativa tende a sentir que nunca será capaz de atingir os padrões que vê, o que cria uma sensação de impotência e constante frustração.

 

  • Insatisfação corporal: influenciadas por padrões irreais de beleza presentes nas mídias e redes sociais, esses padrões criam a ilusão de que há um “corpo perfeito” e a busca incessante pela "perfeição" acaba gerando frustração, insegurança e isolamento social.

 

  • Transtornos alimentares: A comparação entre as mulheres e a cultura de valorização do corpo perfeito, pode ser um fator de grande influência no desenvolvimento de transtornos alimentares. Essa comparação reforça a crença de que a aparência define valor pessoal, criando uma pressão interna devastadora. Mulheres que se sentem convencidas diante desses padrões idealizados muitas vezes recorrem a medidas extremas — como restrição alimentar, purgação e rotinas de exercícios rigorosas — na busca por validação. Esse ciclo de insatisfação corporal alimenta não apenas a baixa autoestima, mas também condições psicológicas graves, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, perpetuando uma relação destrutiva com o corpo e a alimentação.


A diversidade dos corpos femininos é rica e única, mas a pressão para atender às expectativas externas pode nos fazer desvalorizar nossas características naturais. Esse ciclo de comparação prejudica a autoestima e nos afasta de quem realmente somos, da nossa essência e ignora todas as experiências únicas e especiais, desviando o foco do valor que temos como pessoas.


Em vez de medir nosso valor em relação aos outros, convido você a focar no seu próprio crescimento e nas pequenas conquistas do dia a dia que tornam nossa jornada única. Olhar para dentro de si mesma e para tudo que viveu até esse exato momento é fundamental para construir uma visão mais saudável e positiva de nós mesmas.



 
 
 

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