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Bullying e Transtornos Alimentares - Comportamentos que machucam e adoecem.

  • Foto do escritor: Adriana Borowski
    Adriana Borowski
  • 21 de fev.
  • 2 min de leitura


Vídeo promocial de Vanish em parceria com a Abrace - Programa Escola Sem Bullying

A adolescência, um período de intensas transformações físicas e emocionais, torna-se um terreno fértil para o florescimento de transtornos alimentares, especialmente quando o bullying se instala como um fator de risco. A complexa interação entre fatores psicológicos, socioculturais e biológicos, já reconhecida como base para o desenvolvimento desses transtornos, ganha contornos mais nítidos quando o bullying é adicionado.


Estudos demonstram evidências de que não apenas as agressões direcionadas à aparência influenciam o desejo de modificar o tamanho e a forma do corpo, mas que qualquer tipo de bullying está relacionado a problemas alimentares e adolescentes de 11 a 16 anos que são vítimas de bullying físico, relacional ou virtual (cyberbullying) se preocupam com a perda de peso, independentemente de seu peso real.

 

Fatores de risco para desenvolvimento de transtornos alimentares

 

  • Baixa autoestima, insatisfação com a própria imagem.

  • Sofrer bullying devido ao sobrepeso ou estigma de peso (gordofobia).

  • Perfeccionismo, busca incessante por um ideal de corpo, geralmente irreal e a dificuldade em lidar com falhas

  • Traumas, experiências negativas relacionadas ao corpo, abuso físico, sexual ou emocional.

  • Pressão estética, valorização da magreza e a exposição constante a imagens de corpos "perfeitos”.

  • Altos níveis de insatisfação com a imagem corporal e a busca por padrões irreais.

  • Influência da mídia, incluindo redes sociais e televisão, pode reforçar estereótipos de beleza e promover dietas restritivas.

  • Ambiente familiar.

  • Predisposição genética.

  • Familiar próximo com distúrbio alimentar.

  • Histórico de dietas restritivas.

  • Eventos estressantes como mudanças significativas na vida.

  • Prática de esportes de alto rendimento que exijam um peso específico.

 

O Bullying é Gatilho e Agravante


O bullying, em suas múltiplas facetas, desencadeia uma cascata de efeitos negativos na saúde mental do adolescente.


  • Comentários depreciativos sobre a aparência devastam a autoestima, aumentam a insatisfação com a imagem corporal e os sentimentos de inadequação, são intensificados pela constante exposição a críticas e humilhações.


  • A busca por aceitação e pertencimento, necessidades humanas básicas, pode se desviar para comportamentos alimentares disfuncionais, transformando a alimentação em um refúgio ou em um campo de batalha.


  • O isolamento social, outra consequência comum do bullying, pode se tornar uma forma de buscar conforto ou controle em meio ao caos emocional. A restrição alimentar, a compulsão e a purgação são tentativas de lidar com a dor, a raiva e a frustração.


Estudos indicam que adolescentes que sofrem bullying apresentam um risco significativamente maior de desenvolver transtornos alimentares.


Por exemplo, em uma pesquisa realizada em uma escola no Brasil com 491 estudantes, 25,7% apresentaram risco para transtornos alimentares. No entanto, quando analisaram os perfis de participação no bullying, o grupo das vítimas mostrou um índice muito mais elevado – cerca de 41,8% estavam em risco.


Esses dados sugerem que o bullying, especialmente quando relacionado à aparência física, pode ser um importante fator de risco para o desenvolvimento desses transtornos. Resultados semelhantes foram identificados em estudos realizados na Colômbia, Chile, Espanha e Estados Unidos.

 

Considerando que os transtornos alimentares geralmente têm início na adolescência, período em que o bullying pode ocorrer com maior frequência, que tal conversar com seus filhos sobre os dois assuntos?

 
 
 

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